" CAN- TÁ, ROUXINOL... "

Como a Cinderella...
Como a Gata Borralheira, que passa o dia esfregando o chão, sonhando com o dia que vai dançar com seu príncipe...
Cantarolando com os pássaros, feito um rouxinol, numa vida limitada, consegue ver graça nas pequenas coisas...
Olha pro castelo, e tenta imaginar como é o rosto do seu príncipe, a vida que ele leva, sua rotina...
Nada pode fazer esse sonho se tornar real, sem a presença da fada madrinha, sem seu consolo, sem sua experiência e entendimento...
E todo sonho pode se tornar realidade... E tudo que parecia impossível agora parece um sonho...
E como mágica, tudo funciona à nosso favor, tudo concorre para a felicidade...
Não é fácil viver nessa realidade hostil, numa casa onde você não é bem vinda!
É difícil aceitar a ideia de que você não tem apoio nenhum, não tem Amor de nenhum jeito...
É difícil aceitar a situação de ser amada, quando isso nunca aconteceu, de nenhuma forma...
Carinho, abraço, atenção vem das plantas, do verde, do mar e animais...
A gente não tem definitivamente ninguém, pois ninguém pertence à ninguém, mas a gente pode aproveitar enquanto estamos com essas pessoas, aproveitar o momento...
E todos os dias eu me deparo com a realidade de afazeres, que nunca estão bons, que nunca está bem...
E toso os dias eu olho pro castelo, e imagino o dia que vou dançar com meu príncipe...
Ele não sabe de mim,  ele não se importa... Ele nunca me viu, ele nunca me ouviu... Ele está absolutamente longe de mim, mas eu estou perto dele...
Minha janela está repleta de pássaros a me acompanhar a jornada, a me acompanhar em meus sonhos...
Não sei se eles vão lá me dedurar pro príncipe... Acho que eles são fiéis e confidentes... Acho que eles gostam de mim...
Não sei como vou continuar os próximos dias...
Não sei o que o destino me prepara...
E com ou sem o meu consentimento o Sol brilha, todos os dias, pra me lembrar que meu dever é continuar!

11 de Fevereiro.

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